quarta-feira, janeiro 20, 2016

Famalicão 1 x 0 F.C.Porto - Não podíamos ter jogado com a equipa B?


23 anos depois, Mauro sucedeu a Vieira como besta negra famalicense nos pesadelos dos adeptos do F.C.Porto. Os dragões deram hoje mais uma vez uma pálida imagem de si próprios e raras foram as vezes em que foram capazes de se acercar com perigo da baliza do Famalicão. Cá atrás, desta vez foi Helton a facilitar e a permitir um golo, confirmando-se de forma precoce o afastamento da Taça da Liga.
 
Para o último jogo como treinador interino, Rui Barros optou por rodar jogadores menos utilizados e dar uma hipótese aos jogadores da equipa B. Outro factor relevante foi a estreia do avançado Suk com a camisola do F.C.Porto. Ora foram precisamente os jovens da B (onde incluo André Silva) e Suk os melhores em campo, pelo simples facto de terem suado generosamente a camisola. De resto, ver jogar este Porto, foi um exercício de dor em câmara lenta.
 
Num terreno muito irregular, o F.C.Porto foi mais uma vez dominador sem ser perigoso. De que vale a pena ter a posse de bola se não for para procurar o golo? O Famalicão resguardou-se e esperou pelo desenrolar dos acontecimentos, sabendo de antemão que se o marcador ficasse a zero, o Porto se iria intranquilizar e depois... quem sabe não haveria um golpe de sorte?
 
Quando se chegou ao intervalo, os lances de maior perigo até então tinham sido criados por André Silva em rasgos individuais, tendo num deles servido Suk que atirou para defesa atenta do guarda-redes contrário.
 
Na segunda parte, a toada não se alterou até que surgiu o golo do Famalicão e a partir daí o jogo mudou. O Porto deixou de ter critério, os jogadores começaram a falhar passes e o Famalicão começou a gerir o tempo, como aliás lhe competia. As alterações de Rui Barros, trocando um desastrado Rúben Neves, um apático Imbula e, mais tarde, um esgotado André Silva por Corona, Francisco Ramos e Ismael, respectivamente, ainda espevitaram um pouco as coisas mas sem resultados práticos.
 
Corona agitou um pouco o jogo, Francisco Ramos foi guerreiro e Ismael teve poucas hipóteses. Com um Jose Angel a continuar a persistir na sua piada privada de fazer cruzamentos que colocavam em risco a Estação Espacial Internacional, Varela pouco esclarecido e o meio campo sem produção, o jogo acabou por chegar ao fim com o golo solitário de Mauro a dar a vitória do Famalicão, apesar de, por duas vezes, novamente Suk ter estado perto do golo, tendo mesmo atirado à barra.
 
Está confirmada a eliminação do Porto da Taça da Liga que se antevia desde a derrota com o Marítimo no Dragão e cai o pano sobre o período de transição liderado por Rui Barros, saldando-se por duas vitórias, ambas frente ao Boavista (5-0 e 1-0) e duas derrotas por números iguais, frente a Guimarães e Famalicão (0-1).
 
Começa agora um novo ciclo mas será errado esperar milagres.
 

Sem comentários: